sábado, 26 de dezembro de 2015

Medo de ir à escola

                    
            


 
 Você tem medo de ir à escola? Só de pensar que tem aula no outro dia você se sente angustiado, perturbado e não consegue dormir? Não estou me referindo à típica tristeza de fim de tarde de domingo que abate todo mundo -- até quem ama trabalhar -- por saber que o próximo dia é segunda-feira e que está vindo mais uma semana cheia de luta e que o lazer e o aconchego do fim de semana estão chegando ao fim.

             

   Está tristeza de Garfield (o gato que detesta segundas-feiras e ama lasanhas como eu) todo mundo tem um pouco. Estou me referindo a um problema sério a ponto de perturbar a sua vida e a de todos o que convivem com você. Você realmente fica extremamente perturbado no ambiente escolar de modo que o medo controla inteiramente o seu ser.
   Então, você se sente inseguro, constantemente assustado como se algo muito ruim estivesse prestes a acontecer com você dentro da escola, perturbado psicologicamente, angustiado, ansioso, nervoso e como uma vontade imensa de simplesmente sumir. Fisicamente, você sente ânsia de vômito, suor nas palmas das mãos, dor no fundo do estômago, tremor nas pernas, nó na garganta e uma sensação terrível de descontrole emocional.
    Se você se identificou com a maioria dos sintomas físicos e psicológicos que eu descrevi, você pode ter uma espécie de fobia reconhecida na psicologia nacional e internacional -- a fobia escolar. Eu não sou uma profissional da área da saúde nem tenho formação em Psicologia, sendo assim este texto não tem qualquer pretensão de ser científico. Escrevo este texto de forma simples para que todos possam entender e para que eu possa divulgar este tema que ainda é tão pouco falado.
 
           

   
   Meu papel aqui como blogueira é informar simplesmente, despertando força e luz no leitor --por isso o nome do Blog é Fortaleza de Luz. A minha meta principal é levar esperança ao leitor assim que ele descobre mais acerca de seus medos e de que é possível superá-los. Eu sou apenas alguém que já superou muitos medos (inclusive superei a fobia escolar) e que considera importante passar adiante certos métodos de curar feridas da alma. Sou uma seguidora de Quiron -- o centauro da mitologia grega que, mesmo ferido, levava o bálsamo para a ferida dos outros a fim de propagar a cura.
    Mesmo tendo outro tipo de formação acadêmica, pois sou Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA) e Advogada, sempre li muito sobre Psicologia (principalmente as teorias de Jung), Filosofia, Sociologia e tudo o que diz respeito ao conhecimento do ser humano e que auxilia na jornada do autoconhecimento.
     Acredito que nada melhor do que um bate-papo de igual para igual, ou seja, de uma pessoa que passou pelo mesmo problema para outra em situação semelhante. Estudar teorias em livros é completamente diferente de sentir na pele. Este texto é um simples bate-papo de igual para igual, visto que não sou melhor nem pior do que você, caro leitor. Logo, se eu superei a minha fobia, por que você não pode superar a sua também?
     A minha força não é maior do que a sua, caro leitor, nem a minha luz. Deus dotou cada ser com igual centelha divina. Então, por que você insiste em esconder a sua própria luz?
            

     
    Se você acredita ter fobia escolar ou que alguém de seu convívio tenha esta fobia, é importantíssimo procurar o auxílio de um profissional da Psicologia. É imprescindível também levar a criança que tem fobia escolar ao pediatra para verificar se os sintomas físicos como náuseas e tremores são puramente psicológicos ou indicam alguma doença.
   Eu apenas não recomendo que os pais levem crianças ou pessoas muito jovens ao psiquiatra, pois remédios psiquiátricos, muitas vezes, representam um caminho sem volta e não são garantias de cura ou "tábuas de salvação".
Ainda não inventaram um comprimido para a coragem e eu também não conheço remédio algum capaz de despertar a força interior. Não há milagres na jornada de superação. Há certas coisas que só você pode desenvolver dentro de você. Eu sinto muito, mas não há salvação fora de você mesmo. Eu apenas sou sincera demais.
   Psiquiatras são profissionais importantíssimas para a nossa sociedade, e se eu tivesse feito Medicina ao invés de Direito, certamente eu me sentiria inclinada à Psiquiatria. Não quis de modo algum desrespeitar o trabalho de qualquer profissional. É claro que doenças mentais graves como Esquizofrenia e transtornos de humor como Bipolaridade, bem como depressão crônica necessitam de acompanhamento psiquiátrico. Mas uma fobia pode muito bem ser vencida sem "muletas", "tábuas" os remédios.
   
                  

                
    Vivemos num Estado Democrático de Direito, onde somos livres para manifestar o nosso pensamento, consoante artigo quinto, inciso IV, da Constituição Federal. Penso que hoje em dia vivemos um exagero no que tange à classificação "científica" de nossas emoções. Se você é melancólico, você é logo rotulado como depressivo e vários remédios são citados para você como "necessários." Se você é mais vivaz, cheio de fogo, inquieto, ansioso e agitado, você é logo "taxado "de hiperativo. Sabe uma época onde tudo recebe um rótulo, como se nomes difíceis e classificações psiquiátricas pudessem aliviar mais o sofrimento do ser humano (grande ilusão)? Bem-vindo ao maluco século XXI!
    Vamos parar de dar importância a nomes difíceis, classificações (por que somos tão ávidos por receber algum rótulo?) e enxergar mais a alma humana, voltar-se para dentro de si, para a essência, encarando nossos medo interiores e combatendo-os com nossa própria força. Se o corpo físico é dotado de imunidade para combater as doenças físicas, por que a nossa mente e a nossa alma também não teriam seus próprios mecanismos de defesa e força?
    E, no tocante à falta de importância a nomes científicos para os nossos conflitos internos, cito Shakespeare:
 

"Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição." Romeu & Julieta

                 


    Voltando ao assunto principal deste texto -- a fobia escolar -- é importante salientar que uma só fobia tem mil faces. O medo da escola não é simplesmente um medo da escola em si, mas de tudo o que ela representa. O medo é complexo, extremamente complexo como um labirinto. Como a sua escola é vista por você? A escola para você é um ambiente agradável ou assustador? Desde quando você passou a considerar a sua escola como um ambiente desagradável? Só sentimos medo do que incomoda, desagrada, machuca e ameaça o nosso ser. O medo é um instinto de sobrevivência e quer nos alertar algo. O que o seu medo fala para você?
    Escute o sue medo. Simplesmente, respire fundo, mergulhe dentro de si mesmo com calma e lucidez e jogue luz sobre o seu medo. Como é o seu medo? Ele tem cheiro? Ele tem cor? Ele faz você lembrar de alguém? Quais fatos desencadearam o seu medo de ir à escola?
     O medo fala que a escola é um ambiente que vai "ferir" você de alguma forma? Basicamente, você, no fim das contas, tem medo de se "machucar" psicologicamente, certo? Quais são os principais gatilhos que movem o seu medo e paralisam o seu ser? Reflita. Faça perguntas ao seu medo. Converse com você sobre isso ou com o seu filho que sofre da fobia escolar.
      Converse consigo mesmo, não é loucura dialogar consigo próprio, é inclusive fundamental para se curar de qualquer loucura. Um psicólogo faria estas perguntas e seria um intermediário entre você e você mesmo ou entre o seu medo e a sua própria lucidez, tentando integrar o seu inconsciente com o seu consciente. :)

                    

        
     O que mais lhe desagrada no ambiente escolar? Certamente, é o aspecto social. Você tem receio de seus colegas e/ou professores. Raramente, você ouvirá alguém com fobia escolar dizendo que tem receio de estudar. Não confunda medo da escola com indisciplina ou falta de responsabilidade com os estudos. Geralmente, por incrível que pareça. crianças com fobia escolar amam estudar. Elas são crianças inteligentes, criativas, com um mundo artístico, lúdico e imaginativo muito forte no interior delas. Mas, por serem extremamente sensíveis, sentem-se perturbadas com qualquer estímulo externo e acabam se tornando "fechadas", quietas, tímidas, inseguras e com tendência ao isolamento para fugir do sofrimento social e do "peso" que elas sentem por sentir tudo de forma mais intensa do que outras crianças.
     Acontece que um simples fato desagradável -- que para outra criança poderia passar despercebido e não causar tanto sofrimento -- para um criança altamente sensível, delicada e sentimental pode causar impactos profundos em sua psique e ser considerado terrivelmente doloroso e até mesmo traumático.
    
           

  
        E isto os adultos devem entender que não é "frescura" dela, é simplesmente o jeito diferente que ela tem de sentir o mundo -- com mais sentimento, mais profundidade, mais intensidade e mais percepção (nada para esta criança passa despercebido).
       Isso não é frescura, pelo contrário, demonstra um espírito extremamente astuto, observador, inteligente e que, portanto, apresenta dificuldade em "filtrar" estímulos, o que pode fazer com ela futuramente tenha altas doses de criatividade superior a capacidade criativa de outras crianças. Mas quando somos crianças, não temos maturidade emocional ainda para filtrar os estímulos externos negativos e canalizar nossa revolta para o bem, transformando nossas reações negativas em atitudes mais positivas. Então, as crianças choram, gritam, descontrolam-se....
               

       
       Essa é a linguagem delas para pedir socorro e dizer que há uma dor emocional forte e que causa grande sofrimento dentro delas. Os adultos devem ter noção que estão lidando com seres extremamente sensíveis. Sensibilidade não é defeito, é qualidade, pois demonstra capacidade de sentir o mundo com doses extras de percepção. É como se estas crianças tivessem muito além do que cinco sentidos... Às vezes, elas ficam confusas é claro. Quem aguenta absorver tantos estímulos? Isso pode perturbá-las e nem tudo o que elas captam tem a exata medida, pois elas podem dimensionar os fatos e o medo, muitas vezes, distorce situações, fazendo-as parecer piores, mais assustadoras e mais perturbadoras.
        Mas, é de fundamental importância ouvir essas crianças com respeito e seriedade e ajudar esses lindos seres sensíveis a medir os fatos com mais razão e a controlar as suas emoções. É preciso mais respeito com os sentimentos das crianças e saber que nenhum fato é "bobo" e nenhuma angústia é "frescura". Não existe medida para a dor, eis que tudo necessita ser analisado com respeito e seriedade.
        
          Na maior parte dos casos, crianças com fobia escolar amam estudar. Elas ficam felizes estudando e gostam de ficar quietas, no cantinho delas, refletindo sobre a vida e sobre os estudos. A angústia pesa mesmo na hora do recreio, pois no intervalo há convívio social com os colegas e surgem conflitos das interações com os outros. Logo, o período favorito das outras crianças é o mais perturbador para quem tem fobia escolar.
          Sabe-se que crianças sensíveis detestam conflitos, visto que elas precisam mais do que qualquer outra criança de harmonia. Sendo assim, qualquer palavra mal colocada de um coleguinha ou de um professor dirigida à criança sensível já pode se tornar um gatilho estressante e perturbador.

                         


            Geralmente, a criança com fobia escolar passou por alguma situação traumática na escola, sendo comum alguns casos como:

  *Sofreu um castigo injusto de um professor (exemplo: o professor pensou ter ouvido a voz da criança durante uma explicação e lhe dá uma bronca mais agressiva ou manda a criança se sentar distante das outras, mas ela estava comportada na aula e o seu colega com voz parecida que estava falando);
  *Ouviu palavras ofensivas de seu professor (exemplo: o professor disse à criança que ela não é capaz de fazer determinada tarefa ou zombou dela com ironia por ter esquecido o caderno ou algum material solicitado);
   *Ouviu palavras ofensivas de seus colegas, sendo zombado ou perseguido por alguma característica sua (o típico bullying como é chamado hoje em dia).

     Salienta-se que as crianças sensíveis e com fobia escolar têm repulsa a qualquer tipo de conflito. É como se ela fosse "alérgica" a qualquer tipo de desarmonia, detectando qualquer sinal desagradável como perturbador. Elas se sentem extremamente perturbadas com injustiças, desarmonias, ironias, zombarias e ofensas. Logo, ela reproduz a desarmonia que vê em choro, gritos, descontroles emocionais. E ela faz isso não por viver em um ambiente desarmônico dentro de casa -- como alguns pedagogos dizem equivocadamente por aí -- mas justamente por enxergar o conflito e a desarmonia fora de casa. Elas pensam: Por que o mundo não é aconchegante como um lar? Por que eu tenho que enfrentar zombarias e injustiças? Por que a escola apresenta conflitos?

                        

         
        Muitas dessas crianças têm lares estruturados, famílias amorosas, boas condições físicas, psíquicas e sociais. O problema delas não está em casa necessariamente, elas inclusive amam ficar em casa e apresentam medo justamente de ir à escola. A culpa não é dos pais nem de alguém específico. Elas não estão reproduzindo o que vivem em casa, mas estão reagindo aos estímulos estressantes que vivenciam no ambiente escolar propriamente dito. A culpa é da nossa sociedade como um todo que vive ainda numa selva de pedra. E a escola é uma "mini sociedade", o primeiro contato com o mundo exterior, com as pessoas e com o louco jeito de viver do nosso mundo estressado e desprovido de sensibilidade.
          Imagine uma criança com o coração cheio de amor e sensibilidade. Agora coloque essa mesma criança na nossa "selva de pedra". Se até adultos menos sentimentais se estressam, o que você acha que vai acontecer com esta criança? Obviamente, ela apresentará dificuldades de adaptação.
            Engana-se quem pensa que adaptar-se facilmente ao sistema e a esse mundo louco nosso é garantia de normalidade, pelo contrário, caro leitor, isso demonstra apenas falta de sensibilidade e tendência à "mecanização" do ser.  Logo, não é a criança com fobia que é a "errada", a "anormal", a "deslocada". Ela é simplesmente diferente e mais sensível. Vamos respeitar o modo dessa criança de sentir o mundo e ouvir o que ela tem a dizer para nós.

                  

            
         Será que os adultos estão educando de forma equivocada as crianças sensíveis, incitando nelas um complexo de inferioridade ou fraqueza? Exemplo: se a criança chega em casa dizendo que apanhou de um coleguinha ou que foi zombada. O que elas ouvem, na maioria dos casos, dos adultos e do meio social? Seja forte. Deixa de ser fraco. Você que tem que "revidar". Zomba dele também. Bate nele também... Eu fico revoltada com isso. O que a gente está ensinando às crianças, ao futuro da nossa nação, meus leitores? A gente está passando a mensagem -- ainda que subliminar -- que o jeito sensível deles está errado e que o coleguinha "valentão" está certo. O que a gente cria com isso? Uma sociedade violenta, onde a lei do mais forte fica acima da justiça e das leis do Estado de Direito. Amanhã ou depois, o "valentão" que empurrou a criança sensível pode ser aquele bandido que você encontra no banco dos réus respondendo processo por lesão corporal grave... A gente deve cortar o mal pela raiz, a violência começa dentro da escola...
       
                    

          
            O Valentão que agride está errado. Ele é mais perturbado psicologicamente e precisa sim de auxilio médico tanto quanto o sensível que é perseguido e até mais se duvidar. É claro que a gente deve estimular as crianças a serem fortes e a encarar os conflitos com os colegas, afinal isto é um preparo que elas devem ter para poder encarar os conflitos sociais que terão na vida adulta e serão muitos... Mas não é revidando o agressor que a gente resolve os conflitos. Isto só pioraria o problema. É preciso dialogar com o pedagogo da escola sobre o que o agressor faz.
            O agressor deve aprender a se redimir e a pedir desculpas. Pedir desculpas não é humilhação nenhuma, pelo contrário, é a exaltação pura da educação, da gentileza e dos bons costumes. Quem precisa agredir e zombar dos outros para se sentir bem demonstra traços perigosos de sadismo que amanhã ou depois podem ser mais do que traços... podem fazer dele alguém que pratica violência. Nunca subestime o universo infantil. Nunca diga: Ah! Isso é apenas brincadeira de criança. Ele ainda é uma criança, nem liga para o que ele faz.
             As crianças de hoje são os adultos de amanhã, e há crianças maldosas por aí sim que precisam de supervisão para que não machuquem as outras... Engana-se quem pensa que todas as crianças são "anjinhos" ou que o homem é bom por natureza. Não seja tão ingênuo a ponto de acreditar no mito do bom selvagem de Rousseau... A semente do mal nasce no ser humano e o acompanha desde cedo... É preciso cuidar do mal desde a raiz para que ele não se fortaleça...

              


     *Dicas para superar a Fobia Escolar:

    *Converse com os seus pais ou com algum adulto de sua confiança (tio, tia, irmão mais velho, primo, amigo...) sobre o que ocorre com você dentro da escola. Não tenha medo de contar tudo, até mesmo sobre aquele que zomba de você. É de fundamental importância relatar tudo a um adulto de confiança.
    *Peça para os seus pais interagirem com a sua escola. É fundamental que família e escola se unam para ajudar a criança.
    *Não tenha receio de relatar ao pedagogo ou ao auxiliar de disciplina de sua escola sobre o que lhe incomoda no ambiente escolar. Diga o que ocorre com você. Recorra a algum adulto de sua escola quando se sentir angustiado ou ameaçado por algum colega.
    *Não tenha medo de falar sobre o colega que zomba de você. Ele não vai zombar de forma pior de você se descobrir que você reclamou dele. As coisas vão melhorar e não piorar se você se abrir com um adulto, acredite em mim.
      *Sugira atividades artísticas e filosóficas na sua escola. De que forma a sua escola pode contribuir para tornar a sala de aula mais harmônica? Peça que algum dos seus professores reflita em sala de aula temas que vão muito além das matérias tradicionais e que são muito importantes: Virtudes, Respeito, Amor, Amizade. A minha escola, por exemplo, fez a semana das virtudes, onde durante 5 dias tínhamos que escrever uma redação sobre uma virtude: O que é Respeito? O que é amizade? O que é tolerância? O que é harmonia?
       *Sugira ao seu professor algum filme ou desenho animado para ele passar em sala de aula com o tema Tolerância às diferenças, onde os personagens aparecem fazendo as pazes ou respeitando cada um o jeito do outro ser.
        *Sugira ao seu professor que monte uma simples peça de teatro com a turma, estimulando cada aluno a se expressar e a perder a vergonha de assumir uma personalidade no palco, já que no palco da vida real somos constantemente expostos e impelidos a agir.  
        *Sugira ao seu professor que leia algum livro sobre bullying em sala de aula e filosofe sobre a importância de respeitar o próximo.
         *Leva até à diretoria de sua escola o tema da harmonia em sala de aula e diga para ela pensar em como os profissionais de sua escola podem promover não apenas um ambiente de formação intelectual, mas também um ambiente harmônico e psicologicamente saudável.
          *Concentre-se nos aspectos positivos do ambiente escolar. Ele tem estímulos desagradáveis, mas não é totalmente ruim, certo? Treine o seu olhar para que ele seja mais positivo e otimista e agradeça pelas coisas boas.
           *Faça amizades com os colegas legais e confiáveis e também com quem trabalha na sua escola. Converse com eles, converse com os mais velhos. Seja mais sociável no recreio. Converse com o tio da lanchonete, converse com o auxiliar de disciplina, converse com o porteiro de sua escola, converse com as faxineiras e seja amigo dos funcionários de sua escola. Você sentirá mais seguro se for amigo dos adultos de sua escola. Se você for tímido e tiver vergonha de conversar com os coleguinha da sua idade, experimente bater papo com os funcionários da escola.  O dia que você estiver se sentindo mal dentro da escola você terá quem possa lhe socorrer, pois nessa hora a tia da faxina faz um chá para você, o porteiro aparece com um copo de água e o tio da lanchonete vai cuidar de você. :)
             * Concentre-se nos estudos. Você está na escola para aprender e para ter um futuro melhor, uma carreira quando crescer, certo? Logo, não se preocupe tanto com as angústias sociais e com os coleguinhas que zombam de você. Muitos colegas da sua escola você nunca mais vai ver na vida. Portanto, para quê tanta preocupação? É claro que é importante aprender a ser sociável, pois a vida vai exigir isso de você quando você crescer também. Mas, concentre-se no seu objetivo. O que você quer ser quando crescer? Sonhe alto e nunca deixe nenhum adulto pisar no seu sonho. A escola é a sua amiga e não a sua inimiga, é ela que vai lhe dar o suporte para os seus sonhos.
             * Nunca perca a esperança! Pode ser que muitas pessoas digam a você que você não vai conseguir entrar numa faculdade ou que fobia escolar não tem solução. Não acredite nelas, fobia escolar tem cura. A psicologia já comprovou que sim. Há vários casos que evidenciam esta cura, inclusive o meu caso. :) E mais: a faculdade propicia um ambiente mais tranquilo que escola geralmente. Na faculdade, somos adultos, cada um cuida de sua vida, estudamos o que gostamos e não há tantas angústias como na escola. Logo, sua vida na faculdade pode ser muito mais tranquila e sem medos. :)

               


   Mensagem de inspiração:

*Não se esconda do mundo. Enfrente o seu medo. Tudo o que você precisa é de uma pitada de coragem. Se você leu o texto até aqui, eu tenho certeza que você já aliviou o seu coração. Você nasceu para vencer e ninguém pode mudar isso. As pessoas de mais sucesso que eu conheço tiveram infâncias difíceis, isto só fez com elas se tornassem adultos mais inteligentes e mais maduros precocemente. A dor leva à sabedoria. A ferida leva ao sucesso. No fundo do poço, há a mola propulsora de todo o seu sucesso.
  *Se você se sente ferido, magoado e angustiado com conflitos, desarmonia, injustiças e zombarias, que tal arregaçar as mangas, estudar e quando crescer trabalhar para um mundo mais justo? Ficar apenas chorando não vai adiantar em nada e o mundo não vai ficar melhor por causa de suas lágrimas.
     *Portanto, arregace as mangas e vamos juntos lutar por mais harmonia? Quem sabe você não tem o dom de harmonizar conflitos e levar mais diplomacia ao mundo? Quem sabe você não nasceu para ser advogado também? Afinal ,a função do Direito é harmonizar conflitos sociais? :)
       Ou quem sabe quando crescer você se torne um médico de sucesso ou um psicólogo especialista justamente em Fobia Escolar? Eu acredito em você! Por que você não começa agora a se amar, a se aceitar e a acreditar em si mesmo? :)


   Texto escrito por Tatyana Casarino. Advogada. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria. Poetisa. Alguém que superou o medo de ir à escola e transformou a sua angústia em vontade de harmonizar ambientes e fazer justiça. :)

Conheça meu Blog de Poesias e Textos Filosóficos:  http://tatycasarino.blogspot.com.br/
             


            
   

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